22/06/2009

Vieira. Modus operandi.

Já todos percebemos que o jornal A Bola tem sido, ao longo dos tempos, o suporte preferido de Luís Filipe Vieira para passar a sua mensagem. Na semana passada concedeu até uma entrevista exclusiva em pleno estádio da Luz (com que legitimidade? Não sei…) a este jornal. Até aqui nada de novo. O preço de tal exclusividade? Creio que a resposta aparece hoje na capa deste diário…

Não deixa de me causar perplexidade o papel a que alguns jornalista e um jornal com a história e tradição d'A Bola se sujeitam. A troco de algumas cenouras tornam-se no veículo de propaganda da máquina trituradora de Vieira e companhia, enviando o código deontológico dos jornalistas directamente para o galheiro! Primeiro com Veiga e o seu Movimento Benfica Vencer, Vencer (seres diabólicos que pretendem discutir o futuro do clube, essa chatice), agora com José Eduardo Moniz, um adversário que, pelos vistos, colocou o Presidente demissionário em sentido. Parece-me óbvio que esta notícia, para além de totalmente falsa e ridícula, representa um sério aviso a todos aqueles que ousem apoquentar o poder instalado: quem se meter com Vieira, leva!

Pelo caminho fica também Bruno Carvalho, o único candidato da oposição a votos. Contudo, estou certo que até Julho ainda surgirão manobras para afastar mais esta lista das eleições, baseando-se Vilarinho, bem mandado, na confusão gerada pelos estatutos para eliminar toda a concorrência. Independentemente da sua relevância, ou não, nas próximas eleições, a verdade é que Carvalho é o único rosto da oposição, pelo que merecia mais respeito e atenção da parte dos benfiquistas e órgãos de comunicação social desportivos.

Assim, o cenário está novamente montado para mais um passeio eleitoral de Vieira; os Vieiristas aplaudem enquanto os “abutres”, as “hienas”, os “papagaios” e os “histéricos”, que também pagam as suas quotas, manifestam a sua preocupação. Infelizmente, não posso deixar de sentir que esta geração de benfiquistas merece o Benfica actual. Um Benfica fracturado, ferido, sem valores democráticos… e perdedor.

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